Gitel Weber
Parabéns! É um menino!
Tanta excitação - tanta alegria!
Foi o nascimento do meu filho numa noite de 4º feira
Suas pequenas características - que visão maravilhosa.
Um mês mais tarde - Não poderia estar mais orgulhosa,
Passeando fora com meu bebê para que todos pudessem vê-lo.
Como ele estava bonitinho em seu carrinho, tão novinho -
Macacão de poliester de mangas curtas e meinhas também
Ele tinha acabado de tomar um banho - cheirava fresquinho e limpo
Passei uma loção para bebê - ficou tão bonitinho como nunca tinha visto!
Eu andava e passeava com minha cabeça bem alta -
Achava que ele era notado por todos que passavam.
Mas então um tempo depois (ele estava com quatro meses)
Eu não estava mais tão orgulhosa assim,
Pois os médicos disseram: “ele tem dermatite atópica”
Quando eles olharam sua erupção do dedão à cabeça.
Sair para fazer compras eu passei a detestar
Pois no seu rosto ele tinha uma pele vermelha de fogo
O macacão de poliester foi empacotado;
Agora ele tinha que usar roupas de algodão de mangas compridas todos os dias
Os 5 pediatras e 2 dermatologistas que fomos
disseram, “Passe cortisona, hidratante, dê antihistamínicos também.”
Mães, vizinhos e amigos tinham conselhos para mim;
Também minha sogra, primos e cunhadas.
Quanto mais ouvia, ficava mais confusa;
O que funciona? Que método poderia ser usado?
Os conselhos eram todos diferentes - era uma charada daquelas;
Todos diziam coisas opostas - e eu ficava no meio.
“Mude o medicamento - Não use cortisona em alguém tão pequeno.”
“Só use creme de cortisona - O medicamento não tem nada a ver com o problema.”
“Dê 2 banhos por dia todos os dias e ele limpará tudo, sem dúvida.”
“Dê um banho por semana - a água resseca a pele!”
“Deixe-o sem roupa no sol - tente.”
“Não deixe-o no sol - sua pele é muito seca.”
“Continue amamentando - não pare!”
“Não beba leite enquanto estiver amamentando - nem uma gota!”
“Pare de amamentar - ele é alérgico a certas comidas.”
Eu estou confusa - e com um humor horrível.
Eu não senti vontade de sair com ele para dar uma passeada na rua;
“Ah, coitadinho do bebezinho”, dizia a velhinha que eu conhecia.
Onde quer que eu fosse, nunca falhava -
Todos tinham um conselho, uma história, um caso.
De tudo que eu ouvi, o que foi que eu ganhei?
Com 10 meses ele continuava o mesmo.
E os médicos com todos as suas credenciais
Não tinham conselhos ou curas para mim.
De onde vem isso - essa coceira tão estranha
“que aparece quando o tempo muda”?
Esse homem era um doutor - um médico licenciado;
Mas ele não conseguia me convencer de que
a razão do meu filho estar daquele jeito
era porque ontem estava frio e hoje está quente
Nós fomos a nutricionistas e similares
Sempre a procura de algo a ser feito
Tentamos óleos e dietas variadas
Nada que não tivéssemos tentado antes.
Toda vez que tentávamos alguma coisa de novo, ou quando havia alguma mudança,
Ele ficava um pouco melhor, mas era tão estranho -
Depois de algum tempo o eczema voltava
E ele ficava tão mal quanto antes.
Eu poderia continuar para sempre, e escrever mais e mais
Mas eu não farei isso - Você acharia isso chato.
Eu gostaria de terminar esse poema meu amigo,
Mas a vida do meu filho com eczema não tem fim!
Retirado do The AE Advocate, Volume 4, Number 1, 1993
P.S. Não desanime. O texto reflete uma experiência pessoal e não deve ser generalizado.
(*AD: Atopic Dermatitis)